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Adicional de Periculosidade para Motoboy e Entregador

Os motoboys e entregadores desempenham um papel fundamental na sociedade moderna, especialmente com o crescimento do comércio eletrônico e das entregas rápidas. 

Contudo, esses profissionais enfrentam desafios diários e riscos elevados, o que torna essencial a compreensão de seus direitos, especialmente no que diz respeito ao adicional de periculosidade.

Neste artigo, vamos explorar o conceito de periculosidade, como ele se aplica aos motoboys e entregadores, as características que garantem esse adicional, a legislação vigente, o cálculo do benefício e os passos que os trabalhadores devem seguir para assegurar seus direitos. 

Também discutiremos a importância da consultoria jurídica especializada, com o apoio da FFM Advogados, para ajudar na defesa dos direitos trabalhistas.

Sumário de Conteúdo

  1. O que é periculosidade?
  2. A periculosidade na rotina dos motoboys e entregadores
  3. Como funciona o adicional de periculosidade para motoboys e entregadores
  4. Cálculo do adicional de periculosidade
  5. Passo a passo para conseguir o adicional de periculosidade
  6. Advogado especialista em adicional de periculosidade

O que é periculosidade?

A periculosidade é definida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como uma condição de trabalho que envolve risco acentuado à vida e à integridade física do trabalhador. 

A legislação brasileira identifica como periculosas as atividades que envolvem exposição a:

  • Explosivos: Atividades com uso de materiais explosivos que podem resultar em acidentes graves.
  • Inflamáveis: Contato com produtos inflamáveis que oferecem riscos de incêndios e explosões.
  • Energia elétrica: Manutenção e operação com linhas de transmissão e equipamentos elétricos em situações de risco.
  • Roubos e Violência: Especialmente no caso de trabalhadores que transportam valores ou atuam em regiões com altos índices de criminalidade.

A natureza perigosa do trabalho de motoboys e entregadores se justifica principalmente pela exposição ao trânsito e, em alguns casos, à violência urbana.

Esses profissionais trabalham em contato direto com veículos em movimento, além de enfrentarem intempéries e longas jornadas que aumentam os riscos de acidentes e outros perigos.

A periculosidade na rotina dos motoboys e entregadores

Os motoboys e entregadores lidam diariamente com situações que colocam em risco sua integridade física.

Os principais fatores de risco que justificam a concessão do adicional de periculosidade para esses trabalhadores incluem:

  1. Carga física e estresse: A pressão por entregas rápidas e o tempo limitado para cumprir o trabalho causam desgaste físico e mental, o que também aumenta o risco de acidentes.
  2. Trânsito intenso e perigoso: A condução em alta velocidade e a necessidade de fazer entregas rápidas em ruas movimentadas expõem o motoboy a acidentes. Essa condição é ainda mais perigosa em grandes cidades com alto tráfego.
  3. Condições climáticas adversas: A rotina de entregas não para em dias de chuva, ventos fortes ou calor intenso. Motoboys precisam cumprir prazos, independentemente do clima, o que pode comprometer a segurança.
  4. Risco de assaltos: Especialmente em horários noturnos ou em áreas de maior vulnerabilidade, esses trabalhadores enfrentam o perigo de serem assaltados.

Como funciona o adicional de periculosidade para motoboys e entregadores

O adicional de periculosidade é um direito assegurado pela CLT para trabalhadores que exercem suas atividades em condições de alto risco, oferecendo uma compensação financeira adicional de 30% sobre o salário-base do funcionário.

Quando o motoboy ou entregador tem direito ao adicional?

Para que motoboys e entregadores possam receber o adicional de periculosidade, algumas condições precisam ser atendidas:

  • Exposição constante ao risco: O trabalhador precisa estar frequentemente exposto a condições que coloquem sua segurança em risco.
  • Atividades classificadas como perigosas: É necessário que o tipo de atividade realizada seja considerada perigosa por normas de segurança e pela CLT.

Legislação relacionada à periculosidade para motoboys

Embora a lei trabalhista brasileira defina a periculosidade de forma ampla, em 2014 o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que motoboys e entregadores de motocicleta poderiam receber o adicional de periculosidade, devido ao risco diário que enfrentam no trânsito.

Essa decisão é embasada na Norma Regulamentadora NR-16, que reconhece a periculosidade para atividades com veículos, considerando especialmente o uso de motocicletas em atividades de entrega.

Cálculo do adicional de periculosidade

O adicional de periculosidade é calculado com base no salário-base do trabalhador, sendo equivalente a 30% do valor desse salário.

O cálculo deve ser feito apenas sobre o salário, sem incluir outros benefícios ou gratificações.

Exemplo prático de cálculo

Para um motoboy com um salário base de R$ 2.000, o cálculo do adicional seria:

  • Adicional de periculosidade: R$ 2.000 x 0,30 = R$ 600

Assim, a remuneração total do motoboy, incluindo o adicional, seria de R$ 2.600.ado para cálculo de férias, 13º salário e FGTS, uma vez que compõe a remuneração do trabalhador.

Passo a passo para conseguir o adicional de periculosidade

Embora o adicional de periculosidade seja um direito dos motoboys e entregadores, nem todas as empresas realizam o pagamento voluntário desse benefício.

Quando isso ocorre, o trabalhador pode tomar algumas ações para assegurar o pagamento:

ProcedimentoDescrição
1. Solicitar um laudo técnicoO motoboy pode solicitar à empresa que realize um laudo técnico das condições de trabalho. Esse documento, elaborado por um profissional especializado, é essencial para comprovar o risco na atividade.
2. Registrar pedido no RHInformar o setor de Recursos Humanos sobre o pedido de adicional de periculosidade, pois muitas empresas resolvem a questão internamente, sem necessidade de medidas legais.
3. Consultar um advogado trabalhistaSe o pedido não for atendido, procurar um advogado especializado em direito trabalhista para orientação jurídica, garantindo que os direitos do motoboy sejam respeitados.
4. Entrar com ação trabalhistaSe todas as tentativas anteriores falharem, o trabalhador pode ingressar com uma ação judicial para reivindicar o pagamento do adicional, incluindo valores retroativos (2 anos pra entrar com a ação, contados a partir da saída da empresa).

Benefícios e importância do adicional de periculosidade

O adicional de periculosidade traz benefícios significativos para o motoboy ou entregador, como:

  • Reconhecimento e valorização: Esse adicional representa uma forma de valorizar o trabalho em condições de risco.
  • Segurança financeira: Com o adicional, o trabalhador pode ter uma margem financeira maior para investir em sua segurança pessoal, como a compra de equipamentos e seguros.
  • Proteção legal: Em situações de conflito, o adicional de periculosidade é um direito que pode ser reivindicado na Justiça.

Advogado especialista em adicional de periculosidade

Para muitos motoboys e entregadores,  o adicional de periculosidade é negado pelo patrão,  mas fique tranquilo, com uma assessoria jurídica especializada é fácil resolver. 

Nós da FFM Advogados temos ampla experiência em direito trabalhista e estamos preparados para orientar e apoiar trabalhadores em todas as etapas do processo.

Nossa equipe  oferece atendimento personalizado, analisando cada caso individualmente para identificar a melhor estratégia para o trabalhador.

Com advogados capacitados e atualizados com as mudanças na legislação trabalhista, a FFM Advogados é uma aliada importante para assegurar que o direito ao adicional de periculosidade seja garantido.

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